Educação financeira para os filhos na prática
Ensinar os filhos o que é o dinheiro, como funciona sua troca, a importância de dar valor ao que se tem, como poupar e planejar gastos desde cedo é um investimento para toda a família. A educação financeira que não está nas escolas precisa estar na casa de cada família como um assunto sem tabu, simples e importante.
Como começar a educação financeira dos filhos?
Muitas famílias optam pela lógica comercial de que é preciso que os filhos façam algo para que recebam dinheiro. Entretanto, pagar para que os filhos realizem atividades de casa ou para que sejam obedientes não é uma boa alternativa. Isso porque a criança vai associar a tarefa ao ganho e não a obrigação ou dever que tem de cumprir tarefas, ajudar em casa, colaborar e ter responsabilidade com os outros e com o espaço.
A forma mais coerente de iniciar uma educação financeira é a mesada. Esse valor mensal pode ser entregue a partir dos 7 anos e precisa ser condizente com os gastos mensais do filho longe dos pais. A partir daí já é possível ensinar como poupar uma porcentagem desse dinheiro todo mês e as consequências disso para o futuro.
Como educar a partir da mesada?
Com essa mesada, converse com seu filho para que ele conte de algo que gostaria de comprar. Ensine como ele pode guardar dinheiro para conseguir, definindo metas. Deixar o filho cometer erros é essencial nesse processo.
Continue explicando sempre o que é possível comprar com determinado valor, dando alternativas para que a criança aprenda a priorizar suas escolhas. Mantenha esse dinheiro em um pote transparente, a visão é melhor do que um cofrinho para dar uma noção maior de quantidade.
Com o tempo, reserve um dia do mês para ensinar a registrar gastos, mostrar como você organiza as contas da casa, conversar sobre investimentos, financiamentos, ou até ensinar brincando com banco imobiliário ou jogo da vida. Quando forem às compras, mostre que o processo exige paciência, busca, consciência, e que tudo tem seu preço.
Por fim, só deixe para dar um cartão de débito para os seus filhos mais tarde, próximo aos 16 anos, para que a noção do dinheiro já esteja bem enraizada antes de ele se tornar em algo não físico, que não será possível ver e sentir com tanta clareza os gastos.